Egresso do Bacharelado

 

O perfil do egresso do curso de Bacharelado em Filosofia deve definir-se, naturalmente, em função do que foi definido no parecer CNE/CES 492/2001.Do ponto de vista de sua formação especificamente filosófica, é importante que o Bacharel tenha uma sólida formação em história da filosofia e nas temáticas próprias das grandes áreas filosóficas. Ao graduar-se, o Bacharel deve ser capaz não apenas de analisar, interpretar e comentar textos filosóficos, mas também e, sobretudo, ser capaz de reconhecer e definir um modo especificamente filosófico de formular e de propor soluções a problemas, assim como de engajar-se nesse modo de pensar especificamente filosóficos.

 

O Bacharel em filosofia não é apenas um apresentador de questões alheias, de uma tradição com a qual ele não tenha nenhum tipo de contato ou aproximação. A formação em história da filosofia, como meio de estabelecer contatos com uma tradição que nos legou questões e que orienta as nossas pesquisas, é fundamental para a formação de um profissional que deverá criar um espaço filosófico no âmbito da pesquisa e na atuação em diferentes ambientes na sociedade. Deve desenvolver o gosto da pesquisa e o contato com a história da filosofia.

 

É importante que o Bacharel em Filosofia seja capaz de relacionar o modo filosófico com outras maneiras de pensar (artísticas, científicas, religiosas, etc.) e com o agir moral, social e político, nunca perdendo de vista a especificidade da perspectiva filosófica.

 

Como é uma graduação plena em filosofia, o egresso deve ter as condições de seguir seus estudos em nível de pós-graduação, podendo ingressar sem maiores problemas em mestrados e em doutorados.

 

O Bacharel deve estar preparado para atuar não apenas no ambiente acadêmico, mas também em outros ambientes (empresas, associações, ONGs, etc.). Além do mais, deve ser capaz de refletir sistematicamente sobre seu cotidiano como professor e filósofo, transformando-o, eventualmente, em objeto de pesquisa. O aspecto teórico-prático implica possibilitar reflexão sobre a prática cotidiana e a experimentação de espaços onde estes saberes e estas reflexões possam ser vivenciados.

 

Com base nessas considerações é que o Departamento de Filosofia aprovou a presente alteração curricular para o curso de Bacharelado, para que este seja o mais semelhante possível ao do Licenciado, seguindo também a tradição de formação de graduados em Filosofia na UnB.

 

 

 

Perfil do pesquisador 

 

O egresso do bacharelado terá um perfil de pesquisa que o habilitará a trabalhar a análise filológica e filosófico-argumentativa de textos. Como consequência dessa capacidade diferenciada de leitura, o estudante terá adquirido habilidades argumentativas para compor textos de cunho dissertativo. Ambas as habilitações o tornam um pesquisador competente para a área específica de filosofia, e para muitas áreas afins, abrindo possibilidades de dar continuidade aos estudos na pós-graduação ou em vários órgãos de pesquisa.

 

 

Egresso da Licenciatura

 

O perfil do egresso do curso de licenciatura em filosofia deve definir-se, naturalmente, em função dos dois eixos fundamentais de sua formação: a preparação teórico-prática para o exercício do magistério e a formação especificamente filosófica.

Do ponto de vista de sua formação especificamente filosófica, é importante que o licenciado tenha uma sólida formação em história da filosofia e nas temáticas próprias das grandes áreas da filosofia. Ao graduar-se, o licenciado deve ser capaz não apenas de analisar, interpretar e comentar textos filosóficos, mas também e, sobretudo, ser capaz de reconhecer e definir um modo especificamente filosófico de formular e de propor soluções a problemas, assim como de engajar-se nesse modo de pensar especificamente filosóficos.

 

Não se espera que um licenciando seja apenas um transmissor de conteúdos da história da filosofia, mas a própria ideia dos documentos do MEC acerca da construção dos currículos de filosofia para o Ensino Médio supõe que toda a elaboração curricular para a disciplina seja orientada pela história da filosofia, enquanto eixo organizador do saber filosófico construído historicamente e articulador das questões que interessa trabalhar no ensino médio. 

 

O professor de filosofia não é apenas um apresentador de questões alheias, de uma tradição com a qual ele não tenha nenhum tipo de contato ou aproximação. A formação em história da filosofia, como meio de estabelecer contatos com uma tradição que nos legou questões e que orienta as nossas pesquisas, é fundamental para a formação de um professor que deverá criar um espaço filosófico de trabalho em sala de aula. O professor de filosofia deve ter as mesmas condições de elaboração das pesquisas filosóficas de um bacharel, pois o gosto da pesquisa e o contato com a história da filosofia devem ser também incentivados no ensino médio. 

 

Desta maneira, o licenciando deve ter a possibilidade de traçar a mesma formação filosófica geral do bacharelado, sendo que a essa formação devem ser adicionados os elementos de formação que possibilitem a instrumentalização desse conhecimento para sua inserção na sala de aula da educação básica. 

 

Além disso, é importante que o licenciado seja capaz de relacionar o modo filosófico com outras maneiras de pensar (artísticas, científicas, religiosas, etc.) e com o agir moral, social e político. Em especial, o licenciado deve ser capaz de estabelecer relações entre a filosofia e a realidade de seus alunos, nunca perdendo de vista a especificidade da perspectiva filosófica.

Como a licenciatura é uma graduação plena em filosofia, o licenciando deve também ter as condições de seguir seus estudos em nível de pós-graduação, podendo ingressar sem maiores problemas em mestrados e em doutorados sem ter que estabelecer contato com a pesquisa filosófica apenas nos programas de pós-graduação.

 

Do ponto de vista da sua preparação teórico-prática para o exercício do magistério, o licenciado deve estar preparado para atuar não apenas no ambiente escolar, que, não obstante, permanece sendo seu principal lugar de atuação, mas também em outros ambientes (empresas, associações, ONGs, etc.). Além do mais, deve ser capaz de refletir sistematicamente sobre seu cotidiano como educador, transformando-o, eventualmente, em objeto de pesquisa. O aspecto teórico-prático implica possibilitar reflexão sobre a prática educativa e aquisição de saberes pedagógicos e também a experimentação de espaços onde estes saberes e essas reflexões possam ser vivenciados. Também a possibilidade de criação de métodos, materiais e novas propostas devem ser incluídos na formação de um licenciando em filosofia.

 

Espera-se ainda do estudante egresso da licenciatura em filosofia que possa exercer as mais variadas competências ligadas à pesquisa filosófica e educacional no campo do ensino da filosofia, além das competências ligadas à prática do magistério em filosofia.

 

Com base nessas considerações é que o FIL propõe um currículo para o licenciado que seja o mais semelhante possível ao do bacharel, seguindo também a tradição de formação de graduados em Filosofia na UnB. Desta vez, porém, a reforma do currículo de licenciatura é que ocasionará uma alteração no currículo de bacharelado, conforme será indicado a seguir.